Curioso observar formigas, normalmente despercebidas diante do ritmo intenso que nos impõe o cotidiano. Havidas trabalhadoras e sempre em grupo, possuem uma organização hierárquica e corporativa invejável, tanto que alguns teóricos se inspiraram nelas (como também nas abelhas) a fim de criarem sistemas sociais perfeitos. Infelizmente não sou uma formiga. Infelizmente nenhum homem é. Existe uma enorme diferença entre ambas as naturezas: a identidade de uma formiga é determinada por sua funcionalidade no grupo, tanto que afastadas de seu corpo social, costumam morrer rapidamente. Uma formiga não possui uma alma porque sua alma é todo o formigueiro. Ter uma alma individual significa que não nascemos para o formigueiro, que somos diferentes dele, e até seus opositores naturais. Nisto consiste ser homem: significa seguir o caminho oposto ao da formiga. Um homem ao entrar no formigueiro corre sempre o risco de perder a alma, ganhando uma alma nova, uma alma morta.
Devaneios literários de um teólogo sobre o ritmo das Metrópoles; seu mundo e sua gente. E é claro, sobre eternidade...
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sexta-feira, 23 de julho de 2010
Entre Homens e Formigas
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