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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O Que é o Amor? - 1ª Co. 13.1-13.

O que é o amor?

Essa pergunta não me deixa dormir. Uma questão como essa talvez me consumirá até o último dia de minha vida.

Méritos ou conhecimento não definem boas pessoas. Dons ou ideais elevados também não. Todo mérito, conhecimento, dom ou ideal sem amor, para Deus não possui significado algum. Pelo contrário, falsificam pessoas e intenções. Não podemos definir o amor através dos nossos méritos, dons, conhecimento, altos ideais ou fé. Isso por si só elimina qualquer possibilidade humana de amar. O amor é uma impossibilidade humana, e por isso mesmo, somente pode ocorrer por meio de um milagre.

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

Curioso como o apóstolo Paulo define o amor. Ele confere características humanas a um sentimento que nossa civilização entende como abstrato. Em outras palavras, o texto de 1ª Coríntios 13 não pretende nos esclarecer o que é o amor. Isso porque não faz do amor um sentimento abstrato. O texto se propõe a dizer quem é o amor. Sendo assim, o texto não esboça uma série de condições para que uma pessoa possa amar, pelo contrário, ele afirma que a única condição para amar verdadeiramente é ser preenchido pelo amor. 

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor é perfeito, ele nunca falha (v.8). Uma característica que somente pertence a Deus. Em outras palavras, Deus é amor e só ele é o amor, divino. Onde há amor há a presença de Deus. Há a presença do próprio Cristo. E essa presença não pode ser confundida com nossos méritos, nossos dons, nossos ideais, pois quando isso acontece, nosso culto se volta inteiramente para nós mesmos e não para Deus. É por isso que o apóstolo Paulo deixará bem definido que o amor é mais importante que tudo isso.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.

Diante do amor, que é perfeito, tudo o mais é aniquilado. Toda profecia, toda língua, toda ciência. Justamente porque tudo o mais é imperfeito diante da perfeição.

Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.

 Instala-se em nós um permanente sentimento de dependência. O imperfeito diante do perfeito é iluminado por completo e confrontado com suas misérias. Diante do amor tudo desaparece: toda profecia, toda ciência, toda fé. Menos o homem. Sem profecia, sem ciência, sem fé. Nu, frágil e indefeso. Despido das suas ilusões meritórias. Totalmente dependente de seu criador. Criatura. É por isso que diante do criador, todo o joelho se dobra, confesso e agradecido.

Oh Senhor, somos todos dependentes de ti.

Soli Deo Gloria.

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