Devaneios literários de um teólogo sobre o ritmo das Metrópoles; seu mundo e sua gente. E é claro, sobre eternidade...
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segunda-feira, 23 de agosto de 2010
O Ofício Maldito do Escritor
É impressionante como entre alguns literatos o exercício de uma boa escrita é proporcional a incapacidade de ler bem, particularmente entre aqueles que se dedicam a ficção ou a poesia. Alguns escritores ao fazerem menção de seus trabalhos, seja em feiras literárias como a Flip ou as bienais do livro no Rio ou São Paulo, nos dão a impressão de estarem lendo bula de remédio ou um tedioso relatório financeiro. Tédio. O mais revoltante são os aplausos seguidos de apresentações desse tipo. Belíssimas apresentações de absolutamente nada. Foi-se a época quando bons escritores eram também bons leitores. É decepcionante, pois os piores leitores consistem justamente no seleto grupo daqueles que se dedicam a produzir boa literatura. Posso citar exceções, Elisa Lucinda é um exemplo: interpretando o que escreve, confere alma à tinta morta e fria presa no papel. Todavia, é uma exceção, e são as exceções que me permitem ainda ter alguma esperança no ofício da grande arte de escrever.
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