http://g1.globo.com/globo-news/milenio/videos/t/programas/v/adin-steinsaltz-fala-da-importancia-do-questionamento-da-realidade/2372945/
" O que está acontecendo no mundo de hoje, de maneira geral, é que ele não é judaico-cristão. O que vivemos não é um ambiente judaico, não é um ambiente cristão, nem mesmo - sejamos sinceros - um ambiente mulçumano. Nós estamos vivendo uma grande paganização do mundo (...) Antigamente havia um deus chamado Baal. Ele é mencionado no Novo Testamento, e a tradição hebraica o identifica como Mamon, dinheiro. Veja esse grande deus. Ele não é maior do que qualquer santo de qualquer igreja? Veja a deusa. Na linguagem antiga ela era chamada de Astarte.É vênus. O sexo, o sexo libidinoso. As vezes, vemos coisas usadas apenas para seduzir.Mas ela não está se tornando muito maior do que todas as Marias?" (Adin Steinsaltz)
2 comentários:
Muito interessante. Isso me lembrou logo de cara do filósofo ateu Slavoj Zizek. Ele diz exatamente que vivemos uma era de neo-paganismo. E que ele não gosta deste neo-paganismo - o problema é que este neo-paganismo serve para legitimar o estado das coisas. Nem se trata também de uma era de hedonismo, mas de hedonismo estritamente controlado. Para ele o grande mistério impenetrável do cristianismo é a afirmação de uma comunidade igualitária fora dos estruturas hierárquicas impostas é possível. E pra ele isso é característico do cristianismo, uma vez que nas religiões pagãs temos essa emancipação somente na morte, nirvana, ou seja, quando as estruturas da realidade se dissolvem.
Estou lendo o livro "God in Pain: Inversion of the Apocalipse" dele onde ele desenvolve este argumento.
Muito boa sua dica Eliezer. Vou dar uma procurada. Do Zizek li "A Monstruosidade do Cristo" e " A Marioneta e o Anão: o cristianismo entre a perversão e a subversão". Ambos, excelentes!
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