Repousa agora em tua glória, nobre iniciador. Tua obra está completa; tua divindade está fundada. Não mais temas ver desmoronar teus esforços por falta de edifício. De agora em diante, longe dos golpes da fragilidade, assistirás, do alto da tua paz divina, às conseqüências infinitas de teus atos. Ao custo de algumas horas de sofrimento, que nem chegaram a atingir a tua grande alma, compraste a mais completa imortalidade. Por milhares de anos o mundo vai depender de ti! Bandeira de nossas contradições, serás o símbolo em torno do qual se travará a mais ardente batalha. Mil vezes mais vivo, mil vezes mais amado depois da morte do que durante os dias de tua passagem por aqui, tornar-te-ás a tal ponto a pedra angular da humanidade que arrancar teu nome deste mundo será abalá-lo até as raízes. Entre ti e Deus não se distinguirá mais. Plenamente vencedor da morte, toma posse do teu reino, onde te seguirão, pela via real que traçaste, séculos de adoradores.(...)quaisquer que possam ser os fenômenos inesperados do futuro, Jesus não será ultrapassado. Seus culto se rejuvenescerá constantemente; sua lenda provocará lágrimas sem fim; seus sofrimentos enternecerão os melhores corações; todos os séculos proclamarão que, entre os filhos dos homens, não nasceu nenhum maior que Jesus. (Ernest Renan, Vida de Jesus).
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