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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sexta - Feira Santa?


“ Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido” (Is. 53.4).

Enfatizam o sangue, os pregos e a coroa de espinhos; a cruz e o homem pendurado nela, mas equivocadamente, se esquecem que havia um sacrifício que se concretizava não apenas para que os homens se solidarizassem à morte de um inocente com lágrimas e corações tristes. Segundo Isaías, não podemos separar o sacrifício do cordeiro de Deus, do mesmo que tira os pecados do mundo e que assume para si toda a nossa enfermidade e dor, de uma incompreensão a respeito do valor desse mesmo sacrifício. Incompreendido, ontem e hoje, o cordeiro é esmurrado e cuspido no rosto, é açoitado e motivo de riso. Ele escolheu sofrer e morrer por aquele que não o ama!

Entretanto, hoje abertamente afirmam que amam a Cristo, tanto que nossa cultura lhe dedica alguns feriados que a maioria dos cristãos se orgulha por não terem que trabalhar. Hoje abertamente dizem que amam a Cristo, ao mesmo tempo em que defendem o mesmo discurso daqueles que o crucificaram. Nos esquecemos que ao assumirmos com alegria e festa essa ocasião solene, justamente por conhecermos os motivos pelos quais ela se realizou, na verdade, queremos que o cordeiro continue crucificado e nos comportamos de igual modo como aqueles que o esmurraram e cuspiram no rosto, que o açoitaram e riram dele. 

Crucifiquem a Jesus!
Porque pela sua morte somos perdoados e temos liberdade suficiente para pecarmos.
Crucifiquem a Jesus!
Porque pela sua morte somos curados de nossas doenças, e podemos exigir de Deus isso.
Crucifiquem a Jesus!
E hoje, pendurado numa cruz, está Jesus, na maioria dos nossos corações. 

Lastimável!

Um comentário:

Unknown disse...

A mão que exaltou no Domingo de Ramos, dizendo bem vindo ao Filho de Davi foi a mesma que apontou e pediu para cruficicar o Mestre...
Nossa vergonha e paradoxo humano!