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domingo, 6 de fevereiro de 2011

“Eu venci o mundo”

Jo. 16.33

“Eu venci o mundo”.
Jesus venceu o mundo e não apenas parte dele.
Quão vergonhosa seria a vitória, se Cristo, o mesmo que ressuscitou dos mortos, o mesmo que afirmou ter todo o poder no céu e na terra, se limitasse a dizer: “Vencido está o sinédrio e os principais do templo de Jerusalém” ou então “ Vencido está César e o seu império”. Não, não se trata de vencer o sinédrio e os principais do templo, não se trata de vencer o imperador e o seu império. A glória de Cristo está em vencer justamente quem entre os homens é maior que o imperador e o império, maior que os sacerdotes e o sinédrio, maior que qualquer tirano e seu exército. A glória de Cristo está em justamente em vencer o que nenhum homem, por mais forte, sábio ou rico que seja pode vencer. A glória de Cristo está em ser ele, o único vencedor da morte.

Cristo venceu, e venceu por intermédio de uma cruz. Venceu perdendo tudo, pois, que maior bem um homem pode ter nesse mundo do que sua própria vida? Quem nasce, ganha de graça o que não tinha e quem morre, perde de graça o que lutou a vida inteira para conquistar. Quem nasce ganha tudo, quem morre perde tudo, mas quem volta à vida depois de morrer, recebe tudo novamente, e nem mesmo a morte pode lhe roubar o que conquistou. É para sempre.

Jesus venceu o mundo. Ele não diz: “Venci a morte”. Curioso, pois ele afirma vencer o mundo vencendo a morte. Para Jesus, o mundo e a morte são a mesma coisa. A equivalência está no termo grego empregado no texto para mundo (cosmos), cujo sentido é justamente de uma espécie de ordem, de estrutura, de sistema. Jesus venceu o mundo, isto é, uma estrutura de promoção à morte que subjuga todo homem e mulher. Jesus venceu. Nós não. Somente por intermédio de Cristo vencemos o mundo. Sozinhos não podemos absolutamente nada. Cristo nos convida a vencermos com ele. Aceitar esse convite é confiar em seu sacrifício. É deixar de se preocupar. É ânimo para a alma. É tê-lo vivo dentro de nós.  

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