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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O Bom Samaritano

Lc. 10. 25-37

Quem é meu próximo?
Um homem à beira do caminho. Ele sofre, tanto que prece não ter mais vida. Está quase morto. Não pode falar. Não pode gritar de dor. Sem nenhuma esperança. Inesperadamente, pelo mesmo caminho do viajante ferido, passa o sacerdote bem vestido. Está indo ao templo para cultuar seu Deus. Não percebeu que caído ali mesmo no chão de terra árida e seca, está o seu culto a Deus. Um Deus que se confunde com as vítimas dos assaltos violentos na vida, quando nos arrebatam toda a esperança. Mas não, o que o sacerdote enxerga com toda a sua religiosidade é um homem morto. Sua religiosidade e bom nome lhe exigia que não se aproximasse de homens assim, pois caso contrário, não teria condições formais para cultuar seu Deus no templo. Ele prefere não se envolver, e por isso, passa longe dele.

Em seguida, passa o levita. De igual modo, prefere não se envolver. Ele trabalha no templo e é lá que ele possui sua única fonte de subsistência. Se aproximar daquele que sofre arruinaria sua vida.

Passa o samaritano, e inesperadamente se aproxima. Ele não se importa de se aproximar de corpos que os outros julgam mortos. E isso é motivo de escândalo. Ele se aproxima, cuida dele, e lhe devolve a vida. Samaritanos se aproximam porque eles mesmos, sem um bom nome e uma moral exemplar entre seus irmãos judeus, excluídos por eles, não teriam mais nada a perder. O samaritano consiste pois naquele que perdeu nome e moral, mas não perdeu a capacidade de olhar, e olhar bem o outro. E se doar para ele.

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