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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Canibalismo Amoroso




Ele disse que a amava. 

Ela não acreditou. E exigiu, como todas as mulheres, uma prova de amor. 

Ele achou tratar-se de um carro novo, jóias, dinheiro ou viagens pelo mundo. 

Ela queria muito mais do que isso. 

Mais sexo talvez? 

Não. Sangue. O dele. 

- O que?! Enlouqueceu de vez. Não mesmo, sem chance...

Ele não a amava. Era a prova que ela tinha. E insistia nisso. 

Pressionado, ele consente. Faz um pequeno furo no dedo indicado para que ela experimente durante horas seu sangue. Tem gosto metálico e é quente. Com o tempo vicia. Com o tempo ela exige mais com a cara mais angelical do mundo. Inesperadamente lhe arranca um dedo com uma dentada. Ele também, com uma dentada lhe arranca uma parte da orelha esquerda. A noite acaba sendo uma festa, regada a muito sangue, pintando toda a sala de vermelho. Espalhando vísceras. Até que os dois tombam exaustos no chão. E mortos. Ele sem o cérebro, e ela sem o coração.

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